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Faça lá um Poema

Por ocasião da comemoração do Dia Mundial da Poesia 2010, que se realizará no CCB no dia 21 de Março, o Plano Nacional de Leitura e o Centro Cultural de Belém, numa iniciativa conjunta, lançaram um desafio às escolas, convidando-as a participarem num Concurso de Poesia - o concurso «Faça Lá Um Poema».

Este projecto procurou incentivar o gosto pela leitura e escrita de poesia e destinou-se aos quatro níveis de ensino, desde o 1º Ciclo ao Ensino Secundário, e nele participaram alunos de escolas públicas e privadas.

A Rede de Bibliotecas de Soure e os Professores de Língua Portuguesa dinamizaram esta actividade. Dos vários poemas recebidos, e segundo o regulamento, foram seleccionados três poemas do 3º ciclo, dois poemas do 1º Ciclo e um do ensino secundário que posteriormente foram enviados para concurso.

Agora, resta aguardar pelos resultados.  Desejamos boa sorte aos nossos alunos, esperando  que estejam entre os vencedores na sessão de entrega de prémios, integrada no programa do Dia Mundial da Poesia, que terá lugar no CCB, em Lisboa, a 21 de Março de 2010.

 

Poemas

 

 Poeta por uns dias

É errado de mim achar-me poeta dia sim, dia não?

O tempo passa em vários tons, as palavras estão lá quando as escrevo de coração…

E no entanto, é errado de mim ficar no silêncio quando a paixão se abate sobre o meu peito?

Eu apenas tento desenhar pedaços de sonhos que ficam por terminar.

Dia sim, dia não, dá-me jeito…

Cátia Oliveira

 9º A , Nº 3

 

Alma Ardente

Alma ardente…foi nisso em que me tornei!

Foi em chamas de paixão que me envolvi.

E descobri cada pormenor do que eu sei pormenor do que eu serei.

Escravo do desejo e do amor que joguei à terra e colhi.

Eu consigo ficar longe, mas não consigo ficar só

“ Só “ é demasiado sem ti…

“ Só “ é demasiado sem te ter…

Em vão, tentei lembrar-me do teu nome sem o saber….

E se eu tentar?

E se eu falhar?

E se eu me esquecer de lembrar?

O que eu vejo em ti, do que eu tenho… tenho vindo a sentir em mim…

Cátia Oliveira

 9º A, Nº 3

 

Poesia poeticamente imprópria

Um poeta pensa que para um poema formar

Em todos os versos precisa de rimar

Ornamentar é pesado

Não é fácil tal como cantar o fado

Criar é o que faz falta

Gente a pensar anima a malta

A inspiração é necessária igualmente

Pode vir até quando arrancamos um dente

Por isso: na mão um papel

E na outra caneta ou pincel

Não é fácil nem rápido

A procura pode deixar-te flácido

Mas mesmo que seja no final

Ela vem ter contigo: a bem ou a mal

Para um verdadeiro poeta ser

Tem de ser o coração a escrever

Escrever a delicadeza e a calma

Escrever o que vai na alma

Para que no fim

O resultado se transforme num jardim

Num jardim de sentimentos

Num jardim de tormentos

Onde floresça a alegria e a tristeza

E no final transborde de beleza

Ao ler um poema, tanto faz

Não importa o tipo de sentimentos que traz

Um poeta que pense que rimar é janota

Sabe-se ao princípio que é um idiota

Maria Inês

9ºA, Nº12

 

Índigo

Recomeçarei.

Guardo nas mãos as linhas de uma vida,

nos olhos as memórias que nem a morte apagou

no papel a esperança de quem não merecia.

O caminho é longo,

de rumo incerto.

Em cada pedra, em cada passo, em cada banco vazio,

Lágrimas de quem passou e viu.

Lágrimas de que esteve e partiu.

Cruzo o olhar comigo mesma

reflexos em vidros quebrados,

duro e escuro.

Paro.

Fria, a chuva bate-me com força.

E dói.

Ao longe ele vê-me e hesita.

Avanço.

Aproxima-se.

Bate forte o coração.

Recuo.

Ele pega-me e sorri.

Eu cedo.

O resto é história

A história do que poderia ter sido uma vida.

Camila Cruz 

11º B, Nº7

Poema de amor

O sorriso vai diminuindo porque a dor é enorme
Por não te ter ao pé de mim
Os meus olhos vão parar de chorar
Quando não tiver saudades tuas
Meu coração vai estar feliz
Quando estiveres a meu lado
Meu anjo 

Diana Ramos
8ºA, Nº9 
  

A Vida 

Tudo o que acontece na vida

Tem uma razão de ser

Podemos não perceber logo

Mas com o tempo

Somos capazes de lá chegar.

A vida não tem lados maus

Só tem lados menos bons,

É difícil de apercebemo-nos

Disso,

Mas somos capazes

De chegar lá.

A vida não é  injusta,

Nós é que pensamos que é,

E fazemo-la ser.

A vida não quer que nós sofremos,

Nós é que sofremos sem ela querer.

A vida quer o melhor para nós,

Nós é que nos fazemos mal.

A vida é a melhor

Coisa do Mundo,

E só nos quer bem,

Com felicidade

Vamos viver a vida,

Sermos felizes

E não vamos sofrer mais.

Mariana Mendes Figueiredo

8ºA, Nº15


Ser amigo

Ser  amigo é dialogar

Com os outros,

Podermos falar.

Ser amigo é ajudar.

Se não o fizermos,

Estamos só a magoar.

Ser amigo é confiar.

Se não houver confiança,

Vai tudo pelo ar.

Ser amigo é de todos,

Não só de alguns, mas

Sim com todos.

Ser amigo é fazer paz,

Com isso alegrias

Só nos traz.

Dinis Mendes

9ºB 

Paixão Cega

Meu coração desfeito, onde habita a escuridão,

A solidão e a tristeza aqui permanecerão.

Meus olhos vertem lágrimas, fruto da desilusão,

Parecem riachos que correm em vão. 

Um zumbido importuna-me, escuto com atenção,

Oiço um grito que implora pelo perdão,

Meu coração gélido derrete de compaixão,

Fico confusa e procuro a explicação.

Enigmas de palavras, siglas e números,

O meu futuro ditarão,

Mas o maior quebra-cabeças será o coração.

Escrevo há luz da lua, faço planos para o meu futuro,

Confesso num velho caderno, tudo aquilo que procuro,

Uma vida, um caminho, um grande amor

Quero viver a vida com muita alegria e sem rancor.

Ana Patrícia Gonçalves

9ºE,  Nº 2

 
Vida o Poema

A vida é um poema muito lindo  
Se assim a quisermos fazer  
Nem tudo serão rosas  
Mas tudo faremos para vencer· 
Coisas más e coisas boas  
Coisas tristes e alegres  
Tudo se junta num bolo  
Só temos de separar as pestes· 
A vida é o maior poema  
Desde que nascemos até ao morrer  
Mas enquanto a vivemos  
Temos de aproveitar e fazer tudo para a merecer· 
Não vale a pena andarmos tristes  
E se tristes estamos temos de nos alegrar  
E com essa alegria contagiar os outros  
Para do poema fazer algo de encantar· 
E se tivermos sempre alegres  
Com essa alegria podemos ajudar  
Todos os que quisermos  
E que se deixem libertar 

Cátia Oliveira


 
 

Chegou um dia, instalou-se e não mais quis sair

Encorajei-o a ficar, e agora?

Mesmo sem saber, tinha de substituir a perda por algo.

Então aceitei a dor, sem prazo ou dia marcado para ir embora.

Ela entranhou-se, seguiu caminho pela minha alma fora

Apoderou-se dos sentidos

… Comandou os movimentos que julguei perdidos

Tornou de assalto a vida, que não reconheço agora

E a doce alegria de viver

Deu lugar, à vontade de morrer. 
 

Eliana Ferreira

9ºD, Nº 7